quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Mostra a tua cara

Por João Ricardo Nogueira

“...Mostra a tua cara...“????”...Qual é o teu negócio?
...Confia em mim...”
(Cazuza/ Nilo Roméro / George Israel)


"A personalidade tem o poder de abrir as portas, mas é o caráter que as mantém abertas."

Definições:
“Define-se a personalidade como tudo aquilo que distingue um indivíduo de outros indivíduos, ou seja, o conjunto de características psicológicas que determinam a sua individualidade pessoal e social. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo deriva do grego persona, com significado de máscara, designava a "personagem" representada pelos atores teatrais no palco.”

Caráter: Em psicologia é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais.
Caráter é a soma de nossos hábitos, virtudes e vícios.”


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“Deixo assim ficar subentendido.
Como uma idéia que existe na cabeça,
E não tem a menor obrigação de acontecer.”
(Lulu Santos e Nelson Motta)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Fazer Valer...

Por João Ricardo Nogueira

As vezes me pergunto o que fazer, sem saber o que pensar, nem saber o que sonhar, apenas tento imaginar. Imaginar o final dos tempos, o fim do meu tempo. É ai que pergunto, o que estou fazendo nesse tempo? Será que só passando o tempo?

Quanto vale o nosso tempo? De que vale nosso tempo nesse tempo?

Cada vez mais, temos mais pressa, pressa de atingir algum objetivo que nos faça sentido, que nos de motivos, motivos de lutar, motivos de evoluir, motivos de conquistar.

Conquistar o que não temos, conquistar o que queremos. Mas como conquistar o que perdemos? Será que já perdemos tempo, pensando no tempo?

Os gregos antigos, tinham duas palavras para o tempo: Chronos e Kairós. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, esse último é um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece.

Podemos dizer que Kairós, é o tempo gasto com qualidade e não em quantidade. O tempo que usamos, para fazer valer nosso tempo, no qual valorizamos o momento, o momento que tem valor, o momento que se torna eterno.

A vida é cheia de momentos assim: o amanhecer, o nascimento, o primeiro beijo, enfim tudo aquilo que se torna eterno para nós.

A questão não é quanto chronos temos, mas quantos kairós fazemos com nosso chronos.

Pensando nisso, percebo que nosso tempo nesse tempo, precisa ter um momento, um momento que se torne eterno, não somente para nós, mas para o mundo, um momento que prove que estivemos aqui, que nos torne eternos em todos os tempos.

Exitem varias formas de se alcansar esses momentos, talves a mais importante seja simplesmente ter um filho, dar continuidade a sua linhagem, talves? Mas com certeza a mais nobre e fundamental, seja a capacidade de doar-se a humanidade, de usar o seu Kairós para mudar o nosso tempo, e assim fazer a diferença para todos os outros tempos.

A vida não deve ser medida pela extensão, pelo chronos, mas pelos eventos enriquecedores, o kairós. Matusalém viveu 969 anos e dele se diz que gerou filhos e filhas. Jesus viveu cerca de 33 anos, não gerou filhos e filhas, mas mudou o mundo para sempre.

Não estou defendendo uma visão exclusivamente kairós do tempo. Mas pensar apenas chronos é limitar, e estreitar o uso do tempo, ligando-o apenas ao relógio, aos afazeres e tarefas, deixando de lado o usufruir, o aproveitar e o usar o tempo com qualidade e não como quantidade, para fazer valer o seu tempo.

E afinal, você está sendo mais chronos ou kairós com o seu tempo?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Até quando???

Por João Ricardo Nogueira

Vemos cada vez mais freqüente na mídia, casos de corrupção política, e passamos a acreditar que é assim mesmo e que todo político é corrupto, melhor dizendo, que a política não presta, não é mesmo?

Achamos que isso não é nossa responsabilidade; afinal somos meros mortais, longe do poder constituído, sem qualquer influência pra mudar isso.

Felizmente quero aqui discordar duas vezes: uma porque somos sim, responsáveis; e outra porque podemos sim, mudar isso.

Mas quero aqui fazer uma reflexão e propor uma auto-crítica na consciência coletiva:
Desde criança, somos corrompidos por nossos próprios pais, quando nos subornam com balas, doces entre outras gulouseimas em troca de nossa obediência.
Na adolescência, garantimos um bom presente de final de ano, se tirarmos boas notas na escola. Já no inicio da juventude um melhor ainda, se passarmos no vestibular.

Algumas vezes, presenciamos nossos pais ou outros membros de nossa família pedindo ao guarda de trânsito que dê um jeitinho de não aplicar a multa; é claro, em troca de um cafezinho. Afinal, isso é só o “jeitinho brasileiro”. É normal, todos fazem, e não faz mal a ninguém, certo?

Por diversas vezes, vemos alguém defendendo, que temos que ser espertos e saber tirar vantagem em tudo na vida; afinal dizem: “O mundo é dos espertos”, cumprindo assim a Lei de Gerson, onde o mesmo, em comercial de cigarros de 1976, defendia que se deve tirar vantagem, afinal “Você gosta de levar vantagem em tudo, certo?"

É bem mais fácil, julgarmos e culparmos os políticos, como se eles não fossem um mero reflexo de nossa sociedade, ou pior, como se não fossemos nós que os colocássemos como representantes de nossos interesses. Nos eximimos da responsabilidade pois desta forma não precisamos nos preocupar em fiscalizar, em cobrar, ou mesmo em entender a política.

O que não percebemos ainda, é que por omissão, nos tornamos cúmplices dos erros, pois se temos a consciência de atos desonestos e nada fazemos para mudar, também somos culpados destes erros, mesmo que não tenhamos nos beneficiado deles.

Mas o mais importante, é que não temos consciência de que o Voto nada mais é do que uma Procuração, porém uma procuração dada em branco para alguém nos representar por 4 ou 8 anos, como bem quiser. Você teria coragem de dar uma procuração a um desconhecido ou mesmo não acompanhar o que ele faz em seu nome?
Por que então não achamos importante acompanhar os mandatos dos nossos representantes?

A palavra corrupção deriva do latim corruptus que, numa primeira acepção, significa quebrado em pedaços e numa segunda acepção, apodrecido, pútrido. Por conseguinte, o verbo corromper significa tornar pútrido, podre.

Até quando vamos permitir que a nossa sociedade seja qualificada de corrupta,ou no pior sentido literal da palavra, uma Sociedade Podre?

Sou apenas o que sou...

Por João Ricardo Nogueira

Eu sou um livro aberto com histórias, um sonho incerto com memórias, do meu passado que ficou. Eu sou um porto amigo sem abrigos, um parabrilho nos desvios, eu sou apenas o que sou.

Eu sou um moço velho, que já viveu muito, que já sofreu muito... Eu sou um velho moço, que não viveu tudo, que não sofreu tudo, que não morreu de amor...

Mas sou alguém livre, não sou escravo e nunca fui senhor. Eu simplesmente sou um homem que ainda crê no amor...

Por isso sonho, por isso, vivo, por isso amo minha vida... E aprendi a viver como sonhador, como romântico que ainda crê no amor...

“Porque, embora quem quase morra esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Acredito que viver não é só respirar, mas sim participar e influenciar para mudar.
Mudar o que esta errado, mudar o que não esta bom, construir o futuro da nação.

Não adianta reclamar, não adianta saber e nada fazer, pois com a sabedoria vem a obrigação, de lutar pelo futuro da nação, de defender o nosso quinhão...

Muitos pobres de espírito não lutam, preferem se entregar e aceitar essa triste realidade em que vivemos, onde embora o sol expanda energia universal, falta lugar ao sol, faltam empregos, salários e, vergonhosamente, comida, na mesa de muitos.

Esses pobres de espírito, já se acostumaram com essa realidade, passaram a achar normal a miséria, já não se comovem quando vêem crianças e velhos dormindo nas calçadas das grandes cidades, sujeitos a todo tipo de sorte.

Vivem suas vidas, como se nada houvesse de errado, pois no final do ano pra se redimirem da inércia, sempre fazem alguma caridade ou dão alguma contribuição a qualquer instituição, que na maioria das vezes, nem conhecem, e nunca quiseram conhecer, pois não estão dispostos e ter que enfrentar cara a cara a realidade, para não perder a ilusão de que tudo esta bom.

Se não queremos ser cúmplices dessa realidade, devemos fazer nossa parte, pois como disse James Baldwin a Martin Luther King:

“Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado,
Mas nada pode ser modificado sem ser enfrentado”.

Por fim quero aqui encerrar parafraseando Aristóteles, quando sabiamente disse que:

“A grandeza não consiste em receber honras, mas sim em merecê-las...”

Por isso, não se acomode diante das injustiças de nosso mundo, faça sua parte,
Mereça...